Boas Novas de grande alegria – Jesus nasceu!

Anunciando o Salvador!

Um nascimento ignorado pelos homens ao seu redor, mas reconhecido pelos anjos de Deus. De maneira maravilhosa eles anunciam as boas novas aos pastores que cuidavam de suas ovelhas nos campos.

 “E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:
é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:9-11)
Depois deste anúncio surpreendente, aparecem milhares de anjos nos céus, cantando e glorificando a Deus. Podemos imaginar a alegria que os levaram a cantar sobre tão grande salvação. Vamos transcrever alguns pensamentos de Charles H. Spurgeon, em seu Sermão 168 “O primeiro coral de Natal”.
 “E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
  Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2:13,14)

Creio que eles cantaram isso com alegria em seus olhos; com seus corações queimando com amor, como se as boas novas para o homem tivessem sido boas novas para eles mesmos.

Quando observamos este canto angelical, vemos muitos Pensamentos Instrutivos, lições que podemos tirar para nossas vidas.

1. Eles disseram que esta salvação deu glória a Deus.

Haviam cantado com freqüência, porém, esta vez, ao ver Deus descer de Seu trono, e tornar-se um bebê, repousando no seio de uma mulher, elevaram ainda mais a nota; e chegando ao extremo limite da música angelical, entoaram as notas mais sublimes da escala divina das adorações e cantaram: “Glória a Deus nas maiores alturas”.

Eles sentiram que à maior altura não se pode chegar, nem ainda a própria bondade divina. Assim, o tributo de sua adoração mais sublime se rendeu ao ato mais sublime da divindade.

Ah ! Não há mortal capaz de imaginar a magnificência daquele canto. Então, notem que, embora os anjos cantassem antes e quando o mundo se formou, seus aleluias foram mais cheios, mais potentes, mais magníficos, se não mais cordiais, quando eles viram Jesus Cristo nascido da virgem Maria, para ser o Redentor do homem: “Glória a Deus nas alturas.”

2. Eles acrescentaram esta estrofe: “Paz na terra”

O homem caiu em pecado, e desde o dia quando o querubim com a espada flamejante o expulsou, não havia tido nenhuma paz na terra, salvo no peito de alguns crentes, que tinham obtido paz da viva fonte desta encarnação de Cristo.

As guerras tem se levantado desde os confins do mundo; homens têm assassinado um ao outro, aos montes. Tem havido guerras dentro como bem guerras fora. A consciência tem lutado com o homem; Satanás tem atormentado o homem com pensamentos de pecado.

Não tinha havido paz na terra desde a queda de Adão. Porém, agora, quando o recém-nascido Rei fez sua aparição, a faixa com a qual ele foi enrolado era a bandeira branca da paz. A manjedoura foi o lugar onde o tratado foi assinado, segundo o qual a guerra cessaria entre a consciência do homem e ele mesmo, entre a consciência do homem e seu Deus.

Não sentis, meus irmãos, que o evangelho de Deus é paz para o homem ? Onde se pode achar paz, senão na mensagem de Jesus? –

E que paz é esta, amados ! Paz como um rio, e justiça como as ondas do mar. Esta é a paz de Deus que sobrepuja todo entendimento, que guarda nossos corações e mentes através de Jesus Cristo nosso Senhor.

Esta sagrada paz entre a alma perdoada e Deus o perdoador; esta maravilhosa reconciliação entre o pecador e seu juiz, esta é a paz que os anjos cantaram ao dizerem: “paz na terra”.

3. Sabiamente terminaram sua canção com “boa vontade para com os homens.”

Embora a primeira nota seja Divina, e a segunda nota seja pacifica, esta terceira nota derrete mais meu coração. Alguns pensam de Deus como se Ele fosse um Ser carrancudo que odeia toda a humanidade. Escutai todos, Deus tem “boa vontade para com os homens”.

Já sabeis o que significa boa vontade. Pobre pecador, tu tens quebrado Suas leis; tu tens quase medo de vir ao trono de Sua misericórdia para que Ele não te rejeite; escuta isto tu, e seja confortado – Deus tem boa vontade para com os homens, tão boa vontade que Ele tem dito, e diz isto com juramento também: “Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva”, (Ezequiel 18:23).

E se você disser: “Senhor, como saberei que Tu tens boa vontade para comigo?”, Ele apontará para aquela manjedoura, e dirá: “Pecador, se Eu não tivesse boa vontade para contigo, haveria Me separado de Meu Filho ? Se Eu não tivesse boa vontade para com a raça humana, poderia ter dado Meu Filho para tornar-Se um daquela raça para que Ele pudesse redimi-los da morte ?”

Vós, que duvidais do amor do Mestre, contemplai este círculo de anjos; vejam seu brilho de glória; ouçam seu canto, e deixem que suas dúvidas desapareçam naquela doce música e seja enterrada em uma mortalha de harmonia. Ele tem boa vontade para com os homens; Ele está disposto a perdoar; Ele afasta as iniqüidades, transgressões, e pecados.

Quando Deus mostra boa vontade para com o arrependido pecador, não há somente paz no coração do pecador, senão que isto traz glória a cada atributo de Deus, e assim Ele pode ser justo, e todavia justificar o pecador, e glorificar a Si mesmo.

Que neste Natal possamos calçar nossos pés com o Evangelho da Paz e levar essa mensagem maravilhosa a todos que estão ao nosso redor.

(Extraído e adaptado do Sermão O primeiro coral de Natal, de C. H. Spurgeon)

 

Deixe uma resposta